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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Imagens da cidade

Parque Infantil- Década de 30
Acervo do MHMTT

Comicio- Ademar de Barros
Acervo do MHMTT
Serviço Publico- Matadouro, década de 70
Acervo do MHMTT
Travessa Joao da Silva- Década de 80
Acervo do MHMTT
Largo do Mercado, Obelisco- Década de 50
Acervo do MHMTT

Do Largo do Rosário à Praça João Pinheiro

No início do século XIX, Pouso Alegre, um vilarejo recém formado, marcado fortemente pela religiosidade, já possuía um lugar onde as pessoas se encontravam para realizar suas preces diárias, porém, sentiram a necessidade de construir outro para se venerar Nossa Senhora do Rosário no referido Largo da Alegria, assumindo este espaço seu primeiro uso de apropriação, abrigando assim a população negra (escrava) da cidade:
“Era um edifício de paus a pique, baixo, em forma de um chalé, em cuja ponta de seu ângulo havia uma cruz singela, com duas varandas laterais em meia água, presas quasi ao seu telhado, tendo três portas, uma de cada varanda, todas elas dando ingresso para o corpo da igreja. Do lado esquerdo, na varanda e pelo lado de fora, havia tosco e simples, um senheiro pregado da madeira em mão francesa. Dentro da nave nenhuma obra de arte havia de apreço e notável relevo arquitetônico, senão muito singelicamente adornado o trono da Senhora do Rosário, altar-mór de algum lavor em ouro”.

Diferentemente de outras localidades da época, tal construção teve contribuições de Senhores e Escravos, e certa convivência se estabelecia em um mesmo espaço, como muito bem expressa o memorialista Eduardo Amaral: “A antiga Igreja dedicada a N. Sra. Do Rosário pertencia aos homens de cor, mas a sua administração estava afeta ao vigário de Pouso Alegre e as pessoas gradas do lugar”.
Nesta mesma praça, fora erguido o pelourinho, estabelecendo assim usos de relação e poder, onde seriam julgados e punidos os criminosos da cidade. Em Pouso Alegre houve apenas um caso emblemático, em que se utilizou tal instrumento, vindo a ruir-se tal símbolo antes mesmo de se iniciar o século XX, dando lugar a um parque, lugar este de encontros sociais e de lazer.
Com o passar dos anos, na década de 40, aquele lugar necessitava de uma reforma, pois como se refere a Revista do Centenário de Pouso Alegre “um velho parque (denominado Major Dorneles), cuja única utilidade, até então, era abrigar, na penumbra da noite fatos vergonhosos (...)”. Nesse intuito, a administração municipal, sendo presidida pelo então prefeito Tuany Toledo, executa uma obra de revitalização daquele espaço, que por muitos anos fora conhecido como “Parque Infantil João da Silva”. Exerciam-se diversas atividades esportivas (como jogos de volley e natação), praticas de escotismo e brincadeiras infantis, tornando-se privilegiado espaço de encontro das famílias pousoalegrenses. 
Com o crescimento da cidade, houve a necessidade de se instalar um terminal rodoviário que acomodasse um número maior de veículos que conduzissem as pessoas para outras localidades. Em diversas discussões, no final da década de 60, fora determinado aquela localidade para que se construísse o terminal. O espaço em que antes era habitado por famílias, crianças, passa agora a ser ocupado por pessoas que embarcavam e desembarcavam na cidade, transformando-se assim em lugar de passagem.
Atualmente, a Praça João Pinheiro é utilizada por grupos sociais diferenciados. Ao mesmo tempo em que abriga os departamentos do poder público, ouvem-se os gritos alegres de crianças que estudam em um grupo escolar, as gírias de jovens que ali andam de skate e os burburinhos das prostitutas que vão em busca de seu ganho diário. Alguns eventos reúnem a população naquele espaço, entretanto, diariamente, ao surgir a noite, o movimento se torna escasso e o silêncio faz sua habitação. 

                       

Marco do dia


27/10/1908: Em sessão da Câmara Municipal, presidida pelo Vereador Coronel Octavio Meyer, o vereador Rodolpho Teixeira propõe e é aceita a mudança de nome de “Praça 15 de junho” para “Praça João Pinheiro”.

29/10/1957: É inaugurado o novo prédio do Carmelo da Sagrada Família, no final da Rua Com. José Garcia.   

30/10/1908: Dom João Batista Correa Nery deixa a Diocese, transferindo-se para Campinas (SP), diocese recém criada.

31/10/1993: É inaugurado o CIEM (Centro Integrado de Ensino Municipal) no bairro do Algodão.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Algumas considerações sobre a história de Pouso Alegre- Isaias Pascoal

Pouso Alegre completa este ano 161 anos de sua elevação à condição de cidade e 178 anos da sua emancipação política. Hoje os dois processos são o mesmo. Na época do Império Brasileiro, não. A emancipação de dava com a elevação a Vila, e não a cidade, que era um título mais honorífico.
Já adverti publicamente do erro em considerar o ano de 1848 como o da emancipação política de Pouso Alegre. Em 19 de Outubro de 1848, foi assinada pelo presidente da Província de Minas Gerais, Bernardino José de Queiroga, a Lei n° 433, que elevou a Vila de Pouso Alegre à condição de cidade, não de sua emancipação política, que ocorreu em 13 de outubro de 1831. Em 1832 foi instalada a Câmara Municipal, símbolo da emancipação política. Vale lembrar que na época não havia prefeito. As funções que hoje lhe são próprias eram executadas pelo presidente da Câmara. Foi assim até a ascensão de Getúlio Vargas ao poder.
Na verdade, a emancipação política e administrativa de Pouso Alegre tem 178 anos. Não consigo entender a razão de os pouso-alegrenses comemorarem o dia 19 de Outubro como o dia da cidade. Historicamente isto está errado, pois a maior parte pensa que neste dia ocorreu a emancipação política. Não. Ela ocorreu em 1831, no mesmo mês de outubro, mas não no dia 19 e sim no dia 13. Ao tornar-se cidade, em 1848, nada foi acrescentado à sua institucionalidade. Um estudo histórico mais profundo poderia revelar os motivos que fixaram o dia 19/10/1848 como o dia e ano da cidade. É possível que aí tenha se consolidado a data.
Mas acho que é um erro. Se o ano de 1848 é o que deve ser focalizado, perde-se a memória da pessoa que mais lutou pela autonomia administrativa e política de Pouso Alegre, o padre e senador José Bento, que morreu em 08 de fevereiro de 1844.
Permitir isso é um atentado contra a memória de José Bento, a figura política mais expressiva de Pouso Alegre e todo o sul de Minas. Não dá para explicar o porquê disto aqui, mas sugiro aos interessados ler a biografia de José Bento, escrita por Amadeu de Queiroz, e meu artigo sobre a sua importância, que pode ser encontrado na internet (www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-87752007000100012&script=sci_abstract). Ainda mais que, neste ano, o Prefeito e a Câmara Municipal o entronizaram como patrono das duas entidades. Sobre 1848, José Bento nada tem a dizer. Ele que foi o principal responsável e o arquiteto da emancipação da então freguesia de Pouso Alegre, que pertencia ao município de Campanha.
Sugiro às autoridades que estudem o caso e que a Câmara Municipal crie uma lei estabelecendo que o aniversário de Pouso Alegre não é 19 de outubro, e sim o dia 13 de outubro. E que o ano de referência não é de 1848, e sim 1831.
O ano de 1848 e o dia e o dia 19 de outubro podem até continuar sendo uma data comemorativa, ma não da emancipação de Pouso Alegre. Só que não deixa de ser ironia que a data mais importante da história de Pouso Alegre passe em branco, como se nada tivesse ocorrido, quando na verdade ela é a mais significativa. Como se José Bento passasse em “brancas nuvens” quando, na verdade, ele foi o maestro de tudo.
José Bento fez muito pela cidade. Em uma época muito recuada, suas ações nos ensinam que quem age pode mudar a situação. Há que ter garra, há que ter força, há que persistir, há que desafiar limites. Ele é símbolo de tudo isso. Não pode e não deve ser esquecido.

Sobre a comemoração do aniversário de Pouso Alegre durante sua história

Centenário da cidade

A 13 de Outubro comemorou a cidade de Pouso Alegre o seu primeiro centenário de emancipação política e administrativa, com a sua elevação à categoria de Vila. A Lei Imperial que lhe outorgou, os foros do município é de n. 13 de outubro de 1831.
Para celebração condigna dessa grata efeméride aos pousoalegrenses, esta Prefeitura promoveu, entre outros atos comemorativos da data, os seguintes: decretou feriado municipal naquele dia, fez celebrar um solene Te Deum, na Catedral da cidade, realizou, no salão nobre do Club, uma sessão cívica, a que compareceu grande parte da população da cidade, ao correr da qual proferiu interessante conferência alusiva ao acontecimento, o Dr. Vinicius Meyer, ilustre advogado conterrâneo; organizou uma apreciada exposição de retratos e objetos antigos do lugar e promoveu várias diversões de caráter popular, a tudo tendo acompanhado com vivo interesse, a nossa população.

Cf: BERALDO, João. Administração Municipal de Pouso Alegre 1927-1932. Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1933, p. 135-136. 

 

Centenário da cidade
Iniciaremos, pois, por este acontecimento, histórico, jubilosa e festivamente comemorado.
Deu-se esse fato em 19 de outubro de 1948; estávamos no inicio de nosso governo local, mas já o havíamos encarecido no nosso discurso de posse e também em nossa primeira Mensagem ao Legislativo, como o transcurso de uma efeméride muito significativa para o Município e que, por esta razão, deveria ser condignamente comemorada.
Não nos desapontamos em nossas previsões, pois que o foi realmente, de u’a maneira além de nossas expectativas, visitaram-nos inúmera autoridades, das quais destacamos os Excelentíssimos Senhores Dr. Milton Soares Campos, Governador do Estado; Dr. Américo Renê Gianetti, Secretário da Agricultura; Dr. José Magalhães Pinto, Secretário das Finanças; Dr. José Rodrigues Seabra, Secretário Viação e Obras Públicas; Dr. João Tavares Corrê Beraldo, Diretor do Banco de Crédito de Minas Gerais; Dr. Vinicius Meyer, Diretor da Imprensa Oficial; Professor Orlando Magalhães Carvalho, Diretor do Departamento de Administração; General Demerval Peixoto, Cmte. Da 4ª Região Militar; Amadeu de Queiroz; Dr. Mario Casassanta e muitos outros.
Naquele dia, a cidade viveu momentos de intensa alegria de seus filhos, pela passagem centenária de sua cidadania. Como marco desse acontecimento, a Prefeitura Municipal e o povo mandaram levantar, na Praça do Mercado um obelisco, cuja inscrição assinala as comemorações e o transcurso das festividades.
Na oportunidade foi realizada a I Exposição Regional Agropecuária, organizada sob os auspícios da Associação Rural Pousoalegrense, com relevante êxito.
Durante uma semana- denominada “Semana do Centenário”- realizaram-se solenidade alusivas, havendo um perfeito entrosamento dos estabelecimentos ì, educandários e sedes de unidades repartições e serviços, os quais, na mais perfeita harmonia e mútua colaboração contribuíram para o maior brilhantismo das comemorações.
As solenidades em apreço foram tão marcantes que, após seu regresso à Capital do Estado, o Exmo. Sr. Governador se dignou ainda enviar-nos u’a mensagem cordial que transcreveremos, como encerramento desta parte discritiva de nossa presente exposição:

“Sr. Alvarim Vieira Rios- Prefeito Municipal de Pouso Alegre
Perduram ainda em meu espírito as impressões agradáveis de minha visita a Pouso Alegre por ocasião dos festejos de seu centenário.
Agradeço muito sensibilizado todas as demonstrações de apreço que me foram tributadas.
Saúdo por vosso intermédio o nobre povo pousoalegrense e renovo os votos sinceros que formulei pelo engrandecimento do município. (a) Milton Campos- Governador do Estado”. 

Fonte: RIOS, Alvarim Vieira. Relatório à Câmara Municipal de Pouso Alegre, relativo ao triênio de 1948 a 1950. Pouso Alegre, 1951.  

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Marco do dia



19/10/1848: A lei n° 433 “Carta de Lei elevando a categoria de cidade a Vila de Pouso Alegre, com a mesma denominação. Assinada pelo Presidente da Província de Minas Gerais, Bernardino José de Queiroga. É selada na Secretaria do Governo da Província em 19 de outubro de 1848”.

19/10/1947: É lançada a pedra fundamental do “Posto de Puericultura Ismael Libanio” à Rua Adolfo Olinto.

19/10/1948: É festivamente comemorado o primeiro centenário da cidade de Pouso Alegre, com a presença do Exmo. Sr. Governador do Estado de Minas Gerais Dr. Milton Campos e secretários. Era prefeito na época o Farmacêutico Alvarim Vieira Riose Presidente da Câmara Municipal Dr. José Fagundes Sobrinho.

19/10/1970: Inauguração do novo Mercado Municipal no mesmo local que fora demolido, com a presença de autoridades locais e do Exmo. Sr. Governador do Estado de Minas Gerais, Dr. Israel Pinheiro. Prefeito: Antonio D. Ribeiro.

19/10/1987: Reabertura do Teatro Municipal.

19/10/1990: Inauguração do Terminal Rodoviário.

21/10/1989: É bento pelo Exmo. Rvmo. Sr. Bispo Dom José D’Ângelo Neto, o mausoléu do Senador José bento Leite Ferreira de Melo, no cemitério municipal. Iniciativa de Alexandre de Araújo, supervisor do Museu Histórico e com beneplácito do então prefeito Dr. Jair Siqueira.

26/10/1943: É solenemente instalado o Carmelo da Sagrada Família, com quatro religiosas vindas do Mosteiro de Campinas- SP. (Praça João Pinheiro).

Imagens da cidade

Estaçao da RMV- Década de 30
Acervo do MHMTT
Praça Dr. Garcia Coutinho- Década de 80
Acervo do MHMTT
Parque Infantil- Década de 30
Acervo do MHMTT
Rio Mandu
Acervo do MHMTT

Documentos importantes para a Constituição da cidade de Pouso Alegre I


 

“Resolução de consulta da mesa de consciência e ordens de 27 de outubro de 1810.

 

Erige em Freguesia a Capella do Bom Jesus de Pouso Alegre do Bispado de São Paulo.

Foi ouvida a Mesa de Consciência e Ordens sobre a creação de uma Freguesia na Capella do Bom Jesus de Pouso Alegre.

 

Informou favoravelmente o Revm. Bispo da Diocese de S. Paulo, e com a sua informação se conformaram o Procurador Geral das Ordens e o Procurador da Corôa e Fazenda.

 

Parece à Mesa o mesmo que aos Procuradores da Corôa e Fazenda Geral das Ordens, para consultar Vossa Alteza Real a divisão da Parochia de Sant’Ana de Sapucahy, do Bispado de S. Paulo, visto que ao Parocho da Matriz, convém, e o Revm. Bispo a julga necessária; erigindo nova Freguesia na Capella do Bom Jesus de Pouso Alegre, vulgarmente do Mandu, determinando-se ao mesmo Revm. Bispo que lhe fixe os limites, como lhe parecer próprio. Vossa Alteza, porém, mandará o que for servido. – Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1810.

Resolução.

Como parece. – Palácio do Rio de Janeiro em 27 de outubro de 1810. – com a rubrica de Vossa Alteza Real, D. João VI.”

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

DOUTOR LISBOA


José Antônio de Freitas Lisboa nasceu na cidade da Campanha (MG), em 11 de maio de 1832 ou 1834, filho do coronel José Antônio de Freitas Lisboa e de Maria José Vilhena Lisboa.

Estudou no Colégio Dom Pedro de Alcântara (mais tarde, Colégio D. Pedro II). Em 17 de dezembro de 1855, recebeu o diploma de médico pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, depois de brilhante defesa de tese. Um exemplar original dessa tese está em exposição permanente no Museu, bem como alguns dos instrumentos médicos (navalha e bisturis) utilizados pelo Doutor Lisboa.

Depois de se formar, ele passou a clinicar em Pouso Alegre e cidades vizinhas. No dia 7 de julho de 1865, recebeu de D. Pedro II a carta patente de “capitão cirurgião-mor do comando da Guarda Nacional dos municípios de Pouso Alegre e Jaguary”.

Era visto pelo povo da época como possuidor de vasta cultura, sendo considerado um dos clínicos mais conhecidos e respeitados, além de ter fama de caridoso. Clinicou em Pouso Alegre por 50 anos.


Foi também vereador pela Câmara desta cidade, de 1859 a 1862, tendo sido reeleito em 1877 com 649 votos para o mandato 1877-1880. Foi ainda 2º suplente de delegado de Polícia, conforme consta na folha 12 do Livro de Juramento de 1860.

Em 16 de fevereiro de 1858, casou-se com sua prima Guilhermina de Almeida Lisboa, com quem teve seis filhos.

Faleceu no dia 7 de outubro de 1903. Em sua homenagem, uma das principais vias de Pouso Alegre recebeu o nome de Avenida Doutor Lisboa.

Imagens da cidade

Demoliçao do Mercado Municipal- Década de 70
Acervo do MHMTT
Mercado Municipal- Década de 80
Acervo do MHMTT
Mercado Municipal- Década de 30
Acervo do MHMTT
Mercado Municipal- 1893
Acervo do MHMTT
Mercado Municipal- 1935
Acervo do MHMTT

Marco do dia


10/10/1988: Inauguração do Parque Zoo- Botânico Augusto Rusch no bairro Ribeirão das Mortes.

10/10/1997: Instalada a firma “Sumidenso so Brasil Indústria Elétricas Ltda”. Produção: Chicote Elétrico para auto- motores (carros Honda- Toyota- motocicletas, etc). 

12/10/1919: É fundada a Escola de Veterinária, sendo o segundo estabelecimento de ensino superior instalado em Pouso Alegre. Seu corpo docente é composto pelos Srs. Prof. Major Félix Amélio da Costa Pereira (8° RAM), Dr. José Antônio Garcia Coutinho- Dr. Nothel Teixeira- Rodolfo Teixeira e farmacêutico Gomes de Oliveira. Funcionou até 1937. 

12/10/1927: A Av. Dr. Lisboa é dotada de nova iluminação elétrica, com fios subterrâneos.

12/10/1928: Ereção da herma do Dr. Josino de Araujo, em um dos jardins da praça Senador José Bento. Após varias mudanças de locais, a herma está atualmente localizada defronte ao 14° GAC, em solenidade realizada no dia 10/06/93 (Pedido do Sr. Alexandre de Araujo e concordância do Cmt. Do 14° GAC- Cel. Geraldo Sampaio de Melo.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A REVOLUÇÃO DE 1932 EM POUSO ALEGRE


A Revolução Constitucionalista de 1932, também conhecida como Revolução de 32, foi um movimento armado ocorrido entre julho e outubro do referido ano, devido à insatisfação dos paulistas em relação ao Governo que havia tomado o poder depois da derrota nas eleições de 1930. Tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.

Com a notícia da entrada das forças paulistas no Sul de Minas, tropas legalistas começavam a se concentrar em Pouso Alegre para deter a investida. Nos dias 18 e 19 de julho de 1932, era grande a concentração de soldados do exército em Pouso Alegre. Os revolucionários paulistas haviam chegado até Borda da Mata, o que levou os soldados legalistas a cavarem trincheiras nos bairros da Vendinha (hoje, Bairro São João), das Cruzes (proximidades de onde hoje é a Prefeitura) e Aterrado (São Geraldo), além de colocarem canhões e metralhadoras em posição conveniente.

Às 3 horas da tarde do dia 20, começavam a ser ouvidos os primeiros tiros para os lados da Vendinha. Bem entrincheirados, os legalistas vindos de São João Del Rei e de Ipameri, despejaram fogo de fuzilaria e metralhadoras sobre os soldados paulistas, enquanto o 8º RAM (Regimento de Artilharia Montada) de Pouso Alegre, comandado pelo Capitão Toscano de Brito, bombardeava os revolucionários de espaço a espaço.

O combate prolongou-se por toda a noite, até as 10 horas da manhã seguinte de 21 de julho, com a rendição dos soldados revolucionários que não conseguiram escapar. Foram recolhidos no campo de luta 11 cadáveres de paulistas e 22 feridos, sabendo-se que para Borda da Mata tinham ido outros feridos e o cadáver do organizador do batalhão, Fernão Sales. Os soldados legalistas tiveram apenas um morto.

Todos os feridos paulistas partiram depois para Caxambu e dali para o Rio de Janeiro. Quanto aos mortos, foram sepultados na manhã de 22, depois que Dom Octávio Chagas de Miranda, bispo de Pouso Alegre, fez a encomenda de todos eles – do primeiro na Catedral e dos últimos junto ao necrotério do Hospital Regional.

Como não se sabiam os nomes dos mortos paulistas, o prefeito João Beraldo mandou tirar fotografias de todos eles e numerá-las em correspondência com as sepulturas. Todos tiveram modestos caixões, feitos por conta da Prefeitura. E sobre os 11 caixões estendidos no jardim do Hospital Regional, as senhoras pouso-alegrenses depositaram flores, representando as famílias ausentes.

Fonte: Acervo do Museu Histórico Municipal Tuany Toledo

Imagens da cidade

Vila Sao Vicente- Rua Comendador José Garcia- 1938
Cenas do Filme "Paulo e Virginia" Francisco de Almeida Fleming
Carro de Boi- Catedral- Década de 20
Mercado- Década de 70
Mercado- Década de 70

Marco do dia


02/10/1988: Inaugurada da “Casa da Cultura Menotti del Pichia”, instalada no prédio da antiga Rede Mineira de Viação.  

05/10/1993: Chegam a Pouso Alegre 50 das 80 carretas que transportam o CAIC (Centro de Apoio Integral à Criança) a ser instalado no Bairro São João.  

06/10/1837: Criada a cadeira de latinidade, regida interinamente , segundo a tradição, por um francês Eugênio Farjou, e em 1863, mediante concurso, pelo Professor Antonio da Costa Braga, natural da cidade de São JoãDel Rei.

07/10/1926: Inaugurada a Capela do Sagrado Coração de Jesus, junto ao Instituto Santa Dorothéa.

07/10/1985: Instalação da Brasinca Ind. S/A.