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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Museu Histórico Municipal Tuany Toledo: Espaço das muitas memórias de Pouso Alegre


O Museu Histórico, neste segundo semestre, recebeu inúmeras visitas de escolas, pesquisadores e pessoas que se interessam pela história da cidade. Muitos estiveram à procura de informações, ou até mesmo fazendo doações de suma importância que resgatam as memórias de Pouso Alegre. Além dessas atividades, a equipe do Museu publicou a segunda edição da Revista “Histórias de Pouso Alegre” e um livro comemorativo dos 30 anos do 20° Batalhão da Policia Militar em Pouso Alegre.

Guardião das Memórias

O MHMTT continua ampliando seu acervo. No 2º semestre de 2012, foram confiadas à guarda do Museu imagens cinematográficas da cidade. Entre elas um desfile realizado no dia 07 de setembro de 1938 e desfiles nas décadas de 70, doadas por Elaine Delfino Ávila. Já a família do ex-prefeito Antônio Ribeiro Duarte confiou a guarda de filmes relacionados a Pouso Alegre no final da década de 40 e arquivos pessoais da família. As doações podem ser feitas no próprio prédio do Museu. 

O aumento de pesquisadores

O Museu abriu seus arquivos para pesquisadores no ano de 2012. A grande procura é por acadêmicos do curso de História, buscando informações, principalmente em temas relacionados à linha de pesquisa “Historia e Cidade”. Temas como: Avenida Doutor Lisboa, Cadeia Pública, Colônia Francisco Sales, Estação Ferroviária, Distrito Industrial, Mercado Municipal entre outros foram requisitados em nossos arquivos por estudantes de graduação, mestrandos e doutorandos. Os pesquisadores tiveram acesso a alguns documentos como: jornais, revistas, atas do poder legislativo, imagens fotográficas entre outros, muitas vezes já digitalizados e arquivados no banco de dados da própria instituição.

Projeto Passeio pela História

Desde julho deste ano, o Museu recebeu cerca 2 mil estudantes de diversas instituições de ensino de Pouso Alegre, além de uma escola da cidade de Turvolândia (MG). Além de alunos de colégios estaduais, municipais e particulares, visitaram o MHMTT crianças do Educandário Nossa Senhora de Lourdes, acompanhadas por monitores, bem como adultos e idosos do CRAS São Geraldo.

Alunos de cursos técnicos do SENAC e do Instituto Federal Sul de Minas visitaram o Museu e participaram de discussões sobre a história de Pouso Alegre no Plenarinho da Câmara.

Essas instituições visitaram o MHMTT, como parte do projeto Passeio pela História, uma parceria entre a Câmara de Pouso Alegre e a Viação Princesa do Sul, que disponibiliza o transporte gratuito dos visitantes. As visitas são agendadas previamente pelo telefone 3429-6511.

 

Lançamento da Revista “Histórias de Pouso Alegre”

A tarde do dia 07 de novembro aconteceu o lançamento da segunda edição da revista do MHMTT, em clima de lembranças, proporcionados por um vídeo com fotos relembrando diversos momentos e histórias de Pouso Alegre e pequenos filmes das décadas de 30 e 40.

O lançamento contou com a participação do presidente da casa, vereador Oliveira Altair, e os parlamentares Dulcinéia Costa, Hélio da Van, Laércio Machado e Raphael Prado. Além deles, quatro vereadores eleitos para a próxima legislatura estiveram presentes: Adriano Pereira Braga, Lílian Siqueira, Rafael Huhn e Wilson Tadeu Lopes. Servidores da Câmara Municipal, diretoras de escolas municipais, vice-diretoras, a equipe do Projeto Criartes, professores, acadêmicos do Curso de História e amigos do MHMTT também prestigiaram o evento.

O diretor do Museu, Sr. Alexandre de Araújo, autografou exemplares e os distribuiu para quem prestigiou o lançamento, juntamente com um DVD contendo programas produzidos pelo Museu em parceria com a TV Câmara. Alexandre é o idealizador do espaço que tem como principais objetivos preservar e divulgar a história de Pouso Alegre às novas gerações.

 

Edição comemorativa pelos 30 anos do 20° BPM

No dia 12 de dezembro acontece nas dependências da Câmara o lançamento do livro Orgulho da Gerais, patrimônio do Sul de Minas, memórias da Polícia Militar em Pouso Alegre, comemorativo dos 30 anos do 20º BPM. O trabalho é uma realização da Polícia Militar e Museu Histórico Municipal Tuany Toledo feito pela jornalista, historiadora e assessora de imprensa do MHMTT, Suely Ferrer, a orientação técnica da Sargento Marilza e correção do professor de Língua brasileira e estrangeira Mayke Riceli.

O livro faz uma viagem ao passado da Polícia Militar em Minas Gerais até chegar os dias atuais do 20º BPM em Pouso Alegre. Além da pesquisa em documentos, também estão publicados relatos dos ex-comandantes, ex-policiais e de comandantes e policiais da ativa.

Além do lançamento do livro acontece ainda a cerimônia de reinauguração do núcleo temático do 20ºBPM, com seu acervo ampliado através de doações de objetos, indumentária, documentos e fotografias feitas pelos policiais da Instituição.

AS ATAS DA CÂMARA MUNICIPAL


Ata é um livro, com ou sem linhas (sem linhas até 1880), onde se registra o que ocorre, acontece, numa sessão, reunião.

Nas atas da Câmara Municipal de Pouso Alegre, em épocas pretéritas, não consta o local onde se encontra instalada a Câmara.

A primeira ata foi redigida no dia 6 de maio de 1832 (há 179 anos), data de sua fundação, sob a presidência do padre Mariano Pinto Tavares, seu primeiro presidente, nascido em São Paulo em 1795, assumindo a presidência aos 37 anos de idade.

Justamente esse valioso documento histórico está, infelizmente, ausente dos arquivos da Câmara Municipal.

Onde estará esse secular livro? Em que recanto estará ocultado? São perguntas que só serão respondidas por aquele que tenha em seu poder, indevidamente, tão valioso documento do Legislativo Municipal.

Perambulando, curioso, colocando em ordem os livros de ata da Câmara Municipal, com páginas delicadas e amarelecidas pelo tempo, desde minha admissão em abril de 1964, dei pela falta de alguns livros de atas. Meu pensamento vagou no espaço exíguo da sala, indo de encontro às paredes, procurando alcançar o porquê da inexistência do mesmo no arquivo.

Quando do falecimento de um ex-vereador, um de seus filhos colocou à minha disposição o arquivo de seu querido e saudoso progenitor, para que eu escolhesse algo para o nosso Museu.

Rebusquei o escritório. Ao abrir uma gaveta corrediça, deparei, num canto, com alguns livros. Peguei-os, verificando serem livros de atas. Olhei para a pessoa que me acompanhava, dizendo-lhe: “Esses livros são da Câmara Municipal.” Resposta: “Pode levá-los.” Eram livros de atas datados de 1839, 1842, 1859, 1856, 1862.

Em 02/01/1990, um velho e querido amigo, cujo avô, ex-vereador, falecera, compareceu ao Museu sobraçando livros de atas que se encontravam em seu poder, datados de 1840 e 1847. Agradeci a gentileza do gesto magnânimo.

Esses dois fatos foram suficientes para corroborar meus pensamentos, deduzindo que livros de atas e outros documentos estão por aí, enfurnados nas gavetas, nos armários, aguardando, quem sabe, a triste hora de serem lançados à lixeira ou vendidos.

Naquela época, era costume o vereador, com ou sem o assentimento da presidência, levar livros de atas para casa, para auferir algo dos pronunciamentos, seu e dos colegas, para novas explanações nas sessões vindouras, discordando, ou não.

Daí o esquecimento, a obrigação em devolvê-los.

Faço um apelo à sua consciência: rebusque a sua biblioteca, ou se for alfarrabista, se lá não existe algum livro de atas ou outro documento da Câmara Municipal, entregando-o ao nosso Museu.

Seu nome permanecerá sigiloso e eu, genuflexo, vou agradecer, com certeza, com algumas gotas brotando nos cantos dos olhos.

Visite o Museu; não ignore.

Venha, porque fazemos questão de sua visita!

Marco do dia


19/12/1953: É fundada a Arcádia de Pouso Alegre, congregando os poetas da terra.

20/12/1925: É lançada a pedra fundamental da Capela Nossa Senhora de Aparecida, no bairro Faisqueira, pertencente à Diocese, junto da casa de campo do Seminário.

27/12/1930: Recebe na Catedral a sagração episcopal o Exmo. Revmo. Sr. Bispo Dom Lafayette Libânio, ex- vigário geral de Pouso Alegre. Bispo de São João do Rio Preto. 

29/12/1925: Lançamento da pedra fundamental para a construção do novo Seminário Diocesano.

31/12/1930: É nomeado vigário geral da Diocese o Exmo. Sr. Mons. Dr. Antonio Furtado de Mendonça.

31/12/1995: Inaugurada a Igreja de Santo Antônio, no bairro do mesmo nome.

Ribeirão das Mortes- Origem do nome


O nome de Ribeirão das Mortes é atribuído por alguns historiadores que ali, junto a veio d’água, travou-se dois grandes combates. O primeiro combate é atribuído às desavenças entre o povo de Pouso Alegre e os fiéis de Santana, atual Silvianópolis. Segundo a lenda a imagem do Senhor Bom Jesus dos Mártires, foi vendida pelo padre Hermógenes, pároco de Santana, para os fiéis e instalada na igrejinha do arraial de Pouso Alegre do Mandu. Os fiéis vieram de Santana com o intuito de recuperar a imagem, e no córrego do Cantagalo travaram batalha  com a multidão de homens e mulheres de Pouso Alegre. Os santanenses, sendo em menor número, perderam a batalha. Não houve mortos, apenas alguns feridos.
 
Alguns historiadores afirmam que o Ribeirão foi batizado assim devido ao grande combate travado na época dos Emboabas. Estudos aprofundados da história desmentem a lenda, e apontam o rio Cervo, aberto para o ouro de aluvião que aparecia nas suas margens, como alvo de disputa por paulistas e portugueses.

Ribeirão do Sangue foi o nome primitivo do córrego que nasce ao sul da serra do Cantagalo e corre dali para o Leste, até o rio Sapucaí. A compreensão do nome, segundo estudos realizados por  Augusto José de Carvalho, veio da matança dos porcos na região, a partir das últimas décadas do século dezenove. Ali eram abatidos muitos suínos para a indústria de banha.

CARVALHO, Augusto Jose. Terra do Bom Jesus. Artes gráficas Irmão Gino ltda..Pouso Alegre, Minas Gerais, 1982. P.98 a 90

Imagens da cidade

 
 
 
 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Marco do dia


14/12/1982: É instalado o 20° BPMMG em Pouso Alegre. Sua área abrange 57 municípios do Sul de Minas.

Imagens da cidade

 
 
 
 

A Colônia Francisco Sales

 
No inicio do século foram criados vários núcleos agrícolas no Estado, visando estimular a agricultura. No Sul de Minas foram fundadas, em diferentes épocas, as colônias agrícolas Francisco Sales (Pouso Alegre), Senador José Bento (distrito de Congonhal) e Inconfidentes (Ouro Fino).

A Colônia Francisco Sales, propriedade do Estado, foi criada pela Lei nº 150 de 20 de julho de 1896. Em 1905 tem início sua instalação, ocupando as fazendas de Ramos Brandão (atual cerâmica Guersoni) e a de Antonio Libânio Teixeira (atual igreja de N.S. Aparecida e se estendia até ao bairro do Cristal).

Em Pouso Alegre glebas de terra foram divididas em lotes de 5 alqueires e vendidas a imigrantes europeus ao preço de 1:200$000 (hum conto e duzentos) em seis (6) prestações. Ali fixaram-se várias famílias de origem italiana, portuguesa e espanhola. Essas famílias deram origem a uma larga descendência, que mais tarde se fixou na cidade, como os Chiarini, Scodeler, Leone, Carletti, Cinquetti, Márquez, Fernandez, etc. Em Senador José Bento fixaram-se imigrantes de origem estoniana, e em Inconfidentes alguns alemães.

As colônias contavam com a assistência do governo, havendo na Colônia Francisco Sales um trator disponível para uso dos colonos, além da assistência de um agrônomo, sementes, adubos, etc.

A topografia montanhosa, em certas áreas da colônia, dificultava o transporte da cana-de-açúcar que era plantada na serra. Por isso, o transporte era feito por meio de cabo de aço, que ia do alto da serra até o engenho, o qual era movido pela energia gerada pela água represada de um açude feito pelos colonos. Os feixes de cana, amarrados, desciam pelo cabo preso em carretilhas e passavam pela moenda, indo depois para o alambique para a fabricação de aguardente.

Havia também extensas várzeas, onde se pretendia cultivar o arroz. Para esse fim importou-se da Itália uma máquina de beneficiar arroz, movida a vapor, tão grande e pesada que foi preciso construir-se uma carreta especial para transporta-la da estação para a colônia, sendo esta instalada num prédio construído especialmente para aquele fim. Havia na colônia vários açudes construídos pelos colonos, que evidenciavam a tendência de captar-se e armazenar água para usá-la como força hidráulica.

Em 7 de fevereiro de 1905, durante o episcopado de dom João Baptista Nery, o Estado confiou a direção do núcleo colonial Francisco Sales ao Bispado, para o fim de ser estabelecido uma escola agrícola na sua sede. A escola iniciou suas atividades em 10 de agosto do mesmo ano, sob a direção do então padre Octávio Chagas de Miranda. Contava a escola com 20 alunos internos e 15 externos, todos gratuitos. O pessoal admi­nistrativo e docente compunha-se de um diretor, de um professor de preparatories e subdiretor, padre Gastão de Morais, e um professor de agronomia. O programa de ensino abrangia varia matérias, entre as quais botânica, química, geologia e meteorologia agrícola, agricultura e zootécnica práticas, com trabalhos de campo, demonstração e experiência.

A Colônia Francisco Sales não teve o resultado esperado, enquanto as de Senador José Bento e Inconfidentes prosperaram e se tornaram mais tarde cidades.Os colonos acabaram por se fixar na cidade, e a escola agrícola não teve a continuidade esperada, encerrando as suas atividades em outubro de 1906

Anos mais tarde, quando dom Octávio Chagas de Miranda assumiu a direção da diocese, a sede da colônia foi adquirida para servir de colônia de férias do Seminário, e construiu-se uma nova capela, mais ampla, em louvor a Nossa Senhora da Aparecida.

 
Referência Bibliográfica:

OLIVEIRA, Antonio Marques, Almanak do município de Pouso Alegre, 1900, p.93
GOUVÊA, Otávio Miranda. A História de Pouso Alegre, Imagem, 1998, p.134,135,136

 

Alexandre de Araujo


Alexandre nasceu em Pouso Alegre, em 17 de abril de 1922, filho de Sebastião de Araujo e Maria Luiza Dadado Laira de Araujo.

Frequentou escolas particulares e o Ginásio São José. Dos 12 aos 16 anos trabalhou no estabelecimento comercial de seu pai, a Casa Araujo, na Avenida Dr. Lisboa.

De 1939 a 1941, serviu no 8º Regimento de Artilharia Montada (RAM), em Pouso Alegre, e na 2ª Bateria Independente de Artilharia Automóvel, em Olinda (PE).

Residiu no Rio de Janeiro, em Juiz de Fora e Belo Horizonte, trabalhando em firmas particulares. De 1950 a 1978, foi funcionário do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), chefiando a Sessão Pessoal na construção da BR 381, a Rodovia Fernão Dias.

Na década de 1960, foi gerente da PRJ-7 e do Cine Glória. Em 1964, foi convidado por Argentino de Paula, então presidente da Câmara, para ocupar o cargo de secretário executivo no legislativo, assessorando presidentes e vereadores.

Em 1965, promoveu uma exposição de fotos e documentos relacionados com Pouso Alegre, nas vitrines da Casa Vitale, na Avenida Dr. Lisboa.

Em 1976, a Câmara lhe confere o título de “Grande Pouso-alegrense”, pelos serviços prestados à comunidade na legislatura 73/77.

Em 1984, instala no piso superior do prédio da Câmara a “Galeria para Exposição de Fotos e Documentos” relacionados a Pouso Alegre.

Em 1989, promove, junto à Prefeitura, a construção de um mausoléu para preservar os restos mortais do padre senador José Bento Leite Ferreira de Melo.

No mesmo ano, é nomeado, pela Câmara, supervisor da Galeria Tuany Toledo, posteriormente denominada de Museu Histórico Municipal Tuany Toledo. Alexandre de Araujo é o idealizador, criador e atual diretor do Museu.

Em 1990, o Jornal do Estado lhe confere o diploma de reconhecimento aos serviços prestados à comunidade. Em 1996, é condecorado pelo 14º GAC com os diplomas “Amigo do Grupo Fernão Dias” e “Colaborador Emérito do Exército”.

Publicou dois livros, “Ex-chefes do Executivo” e “Pouso Alegre através dos tempos: sequência histórica”, em 1997.

Em 2002, é homenageado pela Prefeitura com o diploma “Fundador da Cidade”, e em 2003, pela Câmara Municipal com a “Insígnia Tiradentes”.

Alexandre de Araujo é casado com Leonor Rocha de Araujo. Seus filhos: Wanderley, Lúcia Helena e Emerson. Possui cinco netos e dois bisnetos.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O “LAVA-CAVALO”


Nas primeiras décadas do século XX, a várzea do São Geraldo se inundava na época das chuvas, e a rapaziada pouso-alegrense aproveitava para nadar nas águas do rio Mandu. A antiga ponte, que hoje não existe mais, pois sobre ela está a rotatória da Perimetral que separa o Centro do Bairro São Geraldo, servia de trampolim para os jovens mergulharem.

Havia também outro local onde se costumava nadar: o Lava-cavalo. Esse trecho do rio Mandu, que ficava aos fundos do quartel, era assim chamado pela população da cidade por ser o lugar onde os cavalos do 8º R.A.M., hoje 14º G.A.C., eram levados para “tomar banho”. Assim Gouvêa nos descreve o Lava-cavalo: “O rio serpenteava pela várzea e descrevia, naquele trecho, uma longa curva, depositando areia branca em uma das margens e tornando o local bastante convidativo. Havia também muitos barrancos, facilitando, assim, a prática dos mergulhos. (...) Era, por assim dizer, uma praça de esportes improvisada, pela qual os próprios freqüentadores zelavam, arrancando o mato das margens do rio, limpando-o ou introduzindo melhoramentos, como o trampolim todo de madeira de quase três (3) metros de altura.”

Segundo Alexandre de Araújo, o local foi bastante procurado pela “molecada” pouso-alegrense entre as décadas de 1930 e 1950. Além disso, Araújo nos descreve uma das brincadeiras que eles costumavam fazer: “A tabatinga (argila sedimentar, mole, untuosa) e de cores vermelha-amarela e preta, dos barrancos ensejavam os mais habilidosos, formar bonecos, cavalos, carroças, casas, etc. O mais divertido eram as costumeiras ‘guerras’ de bolotas de tabatinga, lambuzando todo o corpo.”

Alexandre de Araújo nos conta, ainda, com saudade e lirismo, como era nadar no Lava-cavalo: “No verão, às 5 da matina até o entardecer, era uma enormidade de aficionados da natação. Águas límpidas; nas margens, a exuberância e os frescor do vergel multicolorido. Como era divertido segurar no rabo dos cavalos dentro d’água, um deslizar suave até onde desse pé para o cavalo. Era correr e pular de qualquer barranco, ao afago vivificante das águas cristalinas do nosso saudosíssimo ‘Lava-cavalo’.”

Na década de 1980, com a abertura da Perimetral, um grande trecho do rio Mandu foi soterrado para ceder lugar à nova avenida, inclusive o local onde ficava o Lava-cavalo. Com isso, ele tornou-se apenas uma lembrança na memória dos que, quando jovens, passavam o tempo nadando nas águas do rio Mandu.
 

Imagens da cidade

Vista aérea da cidade de Pouso Alegre III- 1970
 
 
 
 
 

Marco do dia


03/12/1996: Posse do 3° Arcebispo de Pouso Alegre Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho.

05/12/1905: A Santa Sé confirmou São Sebastião como padroeiro da Diocese.

08/12/1905: Inaugurado o Santuário do Coração de Maria, com a pedra fundamental lançada em 1903. Coberto com telhas francesas, em posição bastante inclinada, conforme o estilo a que ele obedece (Gótico).

09/12/1985: Instalação da Sobral Invicta S/A.