A
Revolução Constitucionalista de 1932, também conhecida como Revolução de 32, foi
um movimento armado ocorrido entre julho e outubro do referido ano, devido à
insatisfação dos paulistas em relação ao Governo que havia tomado o poder
depois da derrota nas eleições de 1930. Tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição
para o Brasil.
Com a notícia da entrada das forças paulistas
no Sul de Minas, tropas legalistas começavam a se concentrar em Pouso Alegre
para deter a investida. Nos dias 18 e 19 de julho de 1932, era grande a
concentração de soldados do exército em Pouso Alegre. Os revolucionários
paulistas haviam chegado até Borda da Mata, o que levou os soldados legalistas a
cavarem trincheiras nos bairros da Vendinha (hoje, Bairro São João), das Cruzes
(proximidades de onde hoje é a Prefeitura) e Aterrado (São Geraldo), além de
colocarem canhões e metralhadoras em posição conveniente.
Às
3 horas da tarde do dia 20, começavam a ser ouvidos os primeiros tiros para os
lados da Vendinha. Bem entrincheirados, os legalistas vindos de São João Del Rei
e de Ipameri, despejaram fogo de fuzilaria e metralhadoras sobre os soldados
paulistas, enquanto o 8º RAM (Regimento de Artilharia Montada) de Pouso Alegre,
comandado pelo Capitão Toscano de Brito, bombardeava os revolucionários de
espaço a espaço.
O combate prolongou-se por toda a noite, até
as 10 horas da manhã seguinte de 21 de julho, com a rendição dos soldados
revolucionários que não conseguiram escapar. Foram recolhidos no campo de luta
11 cadáveres de paulistas e 22 feridos, sabendo-se que para Borda da Mata
tinham ido outros feridos e o cadáver do organizador do batalhão, Fernão Sales.
Os soldados legalistas tiveram apenas um morto.
Todos os feridos paulistas partiram depois
para Caxambu e dali para o Rio de Janeiro. Quanto aos mortos, foram sepultados
na manhã de 22, depois que Dom Octávio Chagas de Miranda, bispo de Pouso
Alegre, fez a encomenda de todos eles – do primeiro na Catedral e dos últimos junto
ao necrotério do Hospital Regional.
Como não se sabiam os nomes dos mortos
paulistas, o prefeito João Beraldo mandou tirar fotografias de todos eles e
numerá-las em correspondência com as sepulturas. Todos tiveram modestos
caixões, feitos por conta da Prefeitura. E sobre os 11 caixões estendidos no
jardim do Hospital Regional, as senhoras pouso-alegrenses depositaram flores,
representando as famílias ausentes.
Fonte:
Acervo do Museu Histórico Municipal Tuany Toledo
Parabéns ao Sr. Alexandre Araújo,pelo museu que tive o grande prazer de conhecer dia 24-4-2013 nesta linda cidade de Pouso Alegre MG.
ResponderExcluirSão páginas de ouro em nossa história que o nobre Sr.Alexandre escreveu.
Fraterno Abraço ao Povo de Minas Gerais em especial ao povo de Pouso Alegre
Jose Maria A. Paiva- Veterano Paraquedista Militar
Meu Avo serviu, tenho fotos e até uma carteira do 8º R.A.M POUSO ALEGRE
ResponderExcluirQual era o nome do soldado legalista morto no combate?
ResponderExcluirNossa cidade é cheia de história, gosto de perguntar sobre essa batalha as pessoas mais velhas é uma terapia.
ResponderExcluirNossa cidade é cheia de história, gosto de perguntar sobre essa batalha as pessoas mais velhas é uma terapia.
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