Um dos pioneiros do cinema
brasileiro foi Francisco de Almeida Fleming, em 1918. Com apenas 18 anos, ele veio
de Ouro Fino para gerenciar o Cine Íris , que ficava na Praça Senador José
Bento.
Em 1920, Fleming exibiu um
filme sincronizado a um gramofone, o que causou grande espanto aos espectadores
do Cine Íris. No ano seguinte, produziu seu primeiro longa-metragem, “In Hoc
Singo Vinces”, e, por causa disso, sua produtora de filmes é considerada a mais
antiga do cinema brasileiro.
Fleming tornou-se conhecido pelo
filme “Paulo e Virgínia” (1924), baseado no romance de Bernardino Saint Pierre.
Esse e outros filmes do cineasta tinham como cenário a várzea do Rio Mandu e a
do Rio Sapucaí-Mirim. Outras produções de Fleming foram: “O Vale dos
Martírios”, “Desafio do caipira”, “Minha cara Bo”, “Canção de Carabu”, “Capital
Federal” e “Coração bandido”, entre outras.
O cineasta produziu ainda
mais de 300 documentários e reportagens. Conta-se que, para produzir “O Vale
dos Martírios”, Fleming vendeu a própria residência.
Em 1977, Fleming recebeu uma
homenagem do Ministério da Educação e Cultura, como um dos pioneiros do cinema
nacional. Uma das cadeiras usadas na direção de filmes por Chiquinho Almeida, como
era chamado, está exposta em nosso Museu.
Faleceu em São Paulo, no dia
10 de fevereiro de 1999, aos 98 anos.
Gravação do filme "Paulo e Virgínia" de Francisco de Almeida Fleming (1924)
Grande Personalidade do cinema brasileiro
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