Este local, em hipótese alguma serve, principalmente por ser um plano
inclinado de difícil construção e ainda existir a garganta do Hotel Cometa e a
Catedral.
A construção neste local da estação rodoviária será um atentado à
estética da cidade e ao conforto público.
Em melhoramentos tais há que procurar-se local, por urbanista
consagrado, e, na falta deste, o bom senso será ainda o melhor arquiteto.
Passemos uma vista de olhos pelos locais mais indicados e vamos
encontrar como melhor a parte do Parque João da Silva (em completo abandono
pelas autoridades municipais), servindo de local para atos atentatórios à moral
e valhacouto de vagabundos; aí na parte fronteiriça do Carmelo, daria uma
magnífica estação rodoviária e de fácil construção e de pequeno dispêndio, por
se tratar de próprio municipal, apenas uma nesga de sete metros e ergue-se-ia maravilhosa
estação rodoviária, com escoadouro natural para ônibus, através das ruas
Tiradentes e Afonso Pena, e ainda com a grande vantagem de não atravancar a cidade, como forçosamente
acontecerá com a construção na Praça Projetada Dr. Coutinho.
Ainda poderia admitir-se a sua construção na Avenida Independência, na
parte fronteiriça à Farmácia ali existente, desde que desapropriada a área
necessária dos terrenos vagos ali existentes, e mudando-se a iluminação pública
para os cabos aéreos a exemplo da Avenida Doutor Lisboa.
O que se fizer fora desses locais será um atentado ao conforto do povo e
aos planos urbanísticos da cidade.
Extraído do “Informativo Pousoalegrense”, Outubro de
1957, p. 32-33
Escrito como no original
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