Sempre
resta alguém que não devo deixar de abordar... É tudo uma questão de dor na
consciência... de uma sentimental...
Recordo-me,
vivamente, neste instante, do velho Seu Antônio Português, que morava no
ginásio São José...
Como
era divertido conversar com aquele bom velhinho... que vivia dando lições de
moralidade... Lembro-me bem, da braveza que ele ficava, quando falávamos: “Boa
tarde, seu Antônio”, e ele respondia: “Nunca é tarde...”
Até
esta presente crônica, ainda não trouxe à lembrança suas, também, a figura
imponente e cheia de simpatia, do preto feio e alegre, chamado por
“Agostinho”...
Quem
não sente falta das musicas solfejadas, entre dedos, por aquele negro?
Ele
era forte e tinha muito estilo... suas sinfonias comoviam... e dava vontade de
fazer brotar águas nos olhos...
Que
imenso era seu repertorio... Em qualcanto da rua, atraia espectadores e fãs...
Eu mesma pequena ainda, gostava de ser plateia para aquele artista... nato...
Saudades
e mais saudades... (Zal Jomar)
O Jornal de Pouso Alegre,
20/07/1968
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