Muito se tem falado sobre o mictório no mercado municipal local. E a
história continua e irá por muito tempo, ocupando grande parte do assunto na
imprensa falada e escrita de Pouso Alegre.
Tivemos, ainda há pouco, através do rádio, uma novela bem parecida com a
história do mictório desta cidade: “O direito de nascer”... Em contraste com
tudo que diz respeito à higiene, lá está o exalador de mau cheiro, servindo dos
mais tristes e injustificados comentários, porque servindo de instrumento
prejudicial à coletividade, poderá, também servir de outras explorações
secundarias, aproveitando-se daqueles que precisam de se agarrar com tudo, para
tudo conseguirem!...
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Fato inédito na história acaba de acontecer em Pouso
Alegre. (Sempre esta cidade serve de palco a histórias berrantes).
Em junho p. findo, o comboio da Rede Mineira de
Viação, após apitar por duas vezes, às 3:30 horas (três e meia horas da
madrugada), deu partida e rumou em direção a primeira estação: Porto do
Sapucaí. Lá chegando, o maquinista constatou que os vagões (de passageiro e de carga) tinham ficando na
Estação de Pouso Alegre. Engatou marcha-ré e conseguiu, após quasi uma hora de
atrazo, naquele vai-e-vem, levar afinal, os vagões para o destino desejado.
Não causou-nos surpresa esse fato, porque sempre
obedeceu ao seu destino a famosa Rede Mineira de Viação: Ruim, Mais Vai...
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É de costume, desde que o mundo é mundo, conservar-se
em quasi todos os quintais, um cão fiel, para dar alarme aos amigos do alheio.
Mas... em Pouso Alegre, além de ouvirmos a noite o
ladrar de cães nos quintais, estamos assistindo o enfestamento desses animais
pelas vias publicas, pondo em perigo a população, ora pela violência que eles
se nos apresenta, ora pela possibilidade de serem atacados de hidrofobia e
atacarem muita gente.
A hidra precisa ser atacada pelo poder publico (um
Hercules qualquer) antes de consumar males maiores, que o ladrar aos ouvidos de
quem não os tem, ou quem os deixam soltos nas ruas, sem rumo nem prumo...
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Todos sabem, ou todos devem saber, que quando se consegue uma linha de
ônibus, entre diversas cidades, é obrigado o horário nas localidades por onde
percorre.
Mas, o ônibus que faz linha entre Poços de Caldas e Belo Horizonte,
passando por outras cidades, inclusive Pouso Alegre, não se dá ao luxo de
obedecer os chamados horários.
Sabemos que é facultado, em casos imprevistos, o atraso de conduções.
Mas, o que está ocorrendo com o ônibus referido, é que ele costuma chegar às
vezes, até uma hora adiantado, em todas as localidades, não dando a menor
satisfação aos passageiros que os esperam nas horas marcadas.
E o povo que vá tratando de ser mais mineiro: chegando bem cedo nos
pontos de embarque (em Pouso Alegre na magnífica “estação rodoviária” desta
cidade), porque o imprevisto do ônibus que faz linha de Poços de Caldas a Belo
Horizonte, é chegar quasi sempre, muito, mas muito adiantado.
Contudo, para normatização do fato, pedimos e esperamos a ação das
autoridades controladoras do Serviço de Transito.
Extraído do “Informativo Pousoalegrense”, Setembro de
1957, p. 26-27
Escrito como no original
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