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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Fleming e o início do cinema brasileiro



Um dos pioneiros do cinema brasileiro foi Francisco de Almeida Fleming, em 1918. Com apenas 18 anos, ele veio de Ouro Fino para gerenciar o Cine Íris , que ficava na Praça Senador José Bento.

Em 1920, Fleming exibiu um filme sincronizado a um gramofone, o que causou grande espanto aos espectadores do Cine Íris. No ano seguinte, produziu seu primeiro longa-metragem, “In Hoc Singo Vinces”, e, por causa disso, sua produtora de filmes é considerada a mais antiga do cinema brasileiro.  

Fleming tornou-se conhecido pelo filme “Paulo e Virgínia” (1924), baseado no romance de Bernardino Saint Pierre. Esse e outros filmes do cineasta tinham como cenário a várzea do Rio Mandu e a do Rio Sapucaí-Mirim. Outras produções de Fleming foram: “O Vale dos Martírios”, “Desafio do caipira”, “Minha cara Bo”, “Canção de Carabu”, “Capital Federal” e “Coração bandido”, entre outras. 

O cineasta produziu ainda mais de 300 documentários e reportagens. Conta-se que, para produzir “O Vale dos Martírios”, Fleming vendeu a própria residência. 

Em 1977, Fleming recebeu uma homenagem do Ministério da Educação e Cultura, como um dos pioneiros do cinema nacional. Uma das cadeiras usadas na direção de filmes por Chiquinho Almeida, como era chamado, está exposta em nosso Museu.

Faleceu em São Paulo, no dia 10 de fevereiro de 1999, aos 98 anos.


Gravação do filme "Paulo e Virgínia" de Francisco de Almeida Fleming (1924)

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