Parte Histórica- Pouso Alegre
Freguezia da Cidade (p. 91-92)
Devido à inclinação natural do terreno, as
águas são facilmente escoadas em toda cidade; e também, graças a povosidade do
sub solo, após as chuvas ainda, ainda as mais prolongadas, com um ou dois dias
de sol, as ruas ficam completamente enxutas.
Em alguns pontos da cidade o alinhamento das
casas não é perfeito; nem outra cousa se devia se esperar de uma cidade que foi
crescendo aos poucos, sem obedecer a um plano geral de alinhamento.
A patriótica Camara Municipal tem remediado
alguns defeitos, e envida constantes esforços para melhorar e embellezar a
cidade.
Ultimamente foi prolongada uma das ruas
principaes até os fundos da estação da
estrada de fero, o que custou não pequenas desapropriações. Também o Largo do
Rosário foi augmentado, e a camara pretende ajardinal-o.
Pouso Alegre, assim como todas as cidades
sulmineiras, não possue ainda uma rede de esgotos.
O abastecimento d’agua potável é muito
defficiente: dois chafarizes apenas fornecem uma parte insignificante do
necessário consumo.
A maior parte da água para os usos domésticos
é fornecida por cisternas que quase todas as casas possuem, tendo algumas
dellas, fontes nos quintaes que fornecem água pura e crystallina.
Em princípios do anno passado, mandou a
camara proceder aos estudos do projecto de abastecimento d’agua, tendo em vista
utilisar se de um e abundante manancial, que dita seis kilometros do centro da
cidade.
Devido ao péssimo estado do cambio sobre que
teve de basear-se o custo do material, o orçamento elevou-se a uma cifra
considerável, que não permitte actualmente levar a effeito este importante
melhoramento.
Dentro do perímetro da cidade existem
pequenos mananciaes, dois dos quaes abastecem os chafarizes existentes, não
tendo sido ainda aproveitadoo maior de todos elles, o que seria de grande vantagem, podendo não
só fornecer água á cadeia, como ainda abastecer três novos chafarizes.
Ponte sobre o Rio Mandu- 1893 Acervo do MHMTT |
Fonte: OLIVEIRA,
A. M. Almanack do Município de Pouso Alegre. Rio de Janeiro: Casa
Mont’Alverne, 1900.
*Escrito como no original.
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