Juliano Hiroshi Ikeda
Ishimura
Na dissertação intitulada “A Praça João
Pinheiro: Cidade, memórias e viver urbano. Pouso Alegre, 1941-1969”, é tecida
uma reflexão sobre as intervenções urbanísticas de grande impacto, na Praça
João Pinheiro, que tornaram-se o mote para o desenvolvimento desta pesquisa. As
muitas histórias e memórias levantadas nos depoimentos de usuários,
freqüentadores e representantes do poder público municipal, associados a outros
documentos escritos como a imprensa, as Atas da Câmara Municipal e as memórias
escritas, revelaram significados múltiplos que essa Praça teve para a cidade e
sua vida cotidiana. Os efeitos das intervenções no modo de ver e vivenciar o
espaço são fundamentais neste trabalho. Busquei estabelecer um diálogo
constante com diferentes tipos de fontes, cujo objetivo maior foi construir uma
história multifacetada daquele território, capaz de desmistificar as imagens
que pesavam sobre a Praça, dona de valores e regras próprias. Uma cultura da
saúde e da infância marcou a Praça João Pinheiro e seus arredores. O peso das idéias
higienistas, a repressão da sexualidade feminina e as manipulações ideológicas
mostram que instituições como os Parques Infantis e os Dispensários são mais do
que lugares de lazer e aprendizado, são locais de disciplina e reclusão.
Repleta de disputas e alianças sociais, a pesquisa, dividida em três partes,
revelou gostos e sensibilidades que, por vezes, não são mais visíveis no
cotidiano da cidade atual.
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